Apesar dos incentivos do Governo, não há uma compensação viável para os impactos causados pela inflação nos rendimentos, resultando na estagnação dos salários em Portugal no ano passado.
A inflação impactou negativamente os salários, e os aumentos anunciados pelo Governo não foram suficientes para compensar totalmente essa perda. Os números mostram uma queda real de 1,4% no rendimento mensal.
Os aumentos salariais não estão a acompanhar a inflação de forma satisfatória. Segundo o Diário de Notícias, há uma queda real de quase 1,5% para quase 100 mil trabalhadores.
Aproximadamente 6,5% receberam aumentos salariais, mas apenas teoricamente, pois na prática é necessário subtrair o aumento do custo de vida e a inflação que ronda em torno de 8%.
O resultado final? Uma perda real de quase 1,5% nos salários para os trabalhadores abrangidos pelo contrato coletivo de trabalho e são, neste caso, quase 96 mil, 23 % do total dos funcionários.
A Educação é um dos setores mais afetados, com uma queda real de 3,2% nos salários.
De maneira similar, os setores de informação e comunicação estão severamente afetados, com uma queda real nos salários acima de 6% - especificamente 6,3% - já considerando o impacto da inflação que ultrapassa os 8%.
No setor da saúde, houve aumentos salariais, embora esses aumentos tenham sido considerados "modestos" em torno de 0,7% nas atividades de saúde humana e apoio social, abrangendo um grupo de pouco mais de 600 trabalhadores.
Da mesma forma, o setor do comércio, que engloba o retalho e a reparação de automóveis, que emprega mais de 21 mil trabalhadores, registou um aumento de 0,6%.
Por outras palavras, os salários em Portugal praticamente estagnaram no ano passado., segundo o relatório da Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho.